03 Formas de renda extra para estudantes de Direito

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renda extra para estudantes de direito

É possível ter uma renda extra estando na faculdade? Neste post, você vai descobrir 3 formas diferentes de ganhar dinheiro como acadêmico de Direito, sem sair da área jurídica!

Segundo dados do Inep –  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, no mundo existem aproximadamente 1.200 faculdades de Direito, não estando nesta lista o Brasil, que conta com mais de 1.400 faculdades de Direito.

Isso mesmo: Existem mais faculdades de Direito no Brasil do que em todo o mundo.

Com a oferta maior do que a demanda, obviamente o desemprego se torna cada vez maior, tanto entre os profissionais formados (advogados e bacharéis) quanto entre os acadêmicos de Direito.

Embora o estágio de Direito seja considerado bem remunerado no mercado, é certo que não há vagas para todos, fazendo com que os estudantes se candidatem a empregos não relacionados à área de futura atuação.

A consequência disso é clara: ausência de experiência jurídica. A faculdade ensina brevemente a prática jurídica, sobrando aos estágios a tarefa de mostrar a realidade aos acadêmicos.

No entanto, com a alta quantidade de estudantes e as pouquíssimas e disputadas vagas, muitos acadêmicos passam todos os anos da faculdade de Direito sem sequer ter contato com um processo judicial.

Além disso, muitos estagiários tiveram seus contratos suspensos durante a pandemia causada pela COVID-19, outro motivo que os leva a buscar novas oportunidades.

A seguir você terá acesso a dicas de renda extra para estudantes de direito. A preocupação neste post foi em fornecer dicas práticas e realmente úteis, de forma que não se afaste do mundo jurídico.

Existem as formas gerais de possuir uma renda extra, como vender doces na faculdade, por exemplo, mas quero demonstrar aqui apenas àquelas relacionadas diretamente com a prática jurídica, portanto, vamos às dicas:

1 – ATUAR COMO CORRESPONDENTE JURÍDICO

A correspondência jurídica é um trabalho bastante comum e funciona da seguinte maneira: Um profissional da advocacia procura um correspondente para efetuar diligências em locais em que ele não quer ou não pode comparecer.

O exemplo mais comum é quando um escritório precisa urgentemente da cópia de um processo localizado em outra cidade, então contrata um correspondente para ir até o foro e enviar a cópia, em troca de determinado valor.

A diligências envolvem os mais diferentes serviços: protocolos, audiências, cópias, digitalizações, cargas, entre outros.

Neste momento você pode estar pensando “Mas eu não sou advogado(a), como vou realizar audiências?”.

Pois bem, no caso do acadêmico de Direito as diligências seriam limitadas.

Existem 4 formas principais de ser um correspondente: como estagiário inscrito na OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, como advogado, como bacharel em Direito ou como acadêmico de Direito.

“Não me enquadro em nenhuma das 4 opções, posso realizar diligências?” A resposta é: Depende da diligência.

Na realidade, qualquer pessoa pode realizar uma diligência; tudo dependerá da exigência legal em torno dela. Por exemplo: Um acadêmico de Direito não poderá realizar uma Audiência de Instrução e Julgamento, mas um Advogado, sem dúvidas, poderá.

COMO SABER QUAIS DILIGÊNCIAS VOCÊ PODERÁ REALIZAR

Abaixo você vai encontrar uma lista relacionando o serviço e quais profissionais realmente podem exercê-lo, iniciando pelos estagiários com inscrição na OAB.

O estagiário inscrito na OAB é aquele que obedeceu todo o processo de inscrição como Estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil e obteve êxito.

O artigo 9º da Lei 8.906 de 1994 expõe os requisitos necessários para ser um estagiário com inscrição na Ordem.

O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar atividades privativas de advocacia, desde que em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.

Na prática, serão incluídas nas atividades autorizadas:

  • Alvarás, desde que possua um substabelecimento com poderes específicos para retirar o documento;
  • Acompanhar movimentações de processos;
  • Examinar processos;
  • Confeccionar peças;
  • Carga Xerox; e
  • Carga Comum.

Lembrando que as atividades acima sempre deverão estar sob a supervisão e responsabilidade de um advogado.

Vamos tratar a seguir das atividades que o acadêmico ou bacharel em Direito pode desenvolver, sendo os estagiários inscritos na OAB aptos à desenvolvê-las sem a necessidade de responsabilidade ou supervisão de um advogado:

  • Cópias de processos, lembrando da exceção quanto aos processos que tramitam em Segredo de Justiça;
  • Protocolos de petições;
  • Distribuição de petição inicial;
  • Serviços extrajudiciais, como em Prefeituras, DETRAN, Junta Comercial, etc.
COMO SE TORNAR UM CORRESPONDENTE

Para se tornar um correspondente você pode utilizar duas principais formas: apresentação ou plataformas digitais.

A apresentação não é nada além de apresentar-se como correspondente, adquirindo serviços pela forma mais comum: indicação.

Você poderá comparecer aos escritório de advocacia, explicar em quais comarcas você atua e deixar o seu contato. Além disso, poderá também deixar cartões de visitas com seus conhecidos.

Outra forma – mais eficiente – é utilizando as plataformas digitais, que consistem, basicamente, em sites e correio eletrônico.

UMA DICA QUE VALE OURO: Você pode adquirir a lista de e-mails dos escritórios de advocacia da sua cidade e enviar para cada um deles uma apresentação dos seus serviços.

Caso vá realmente fazer isso, esteja atento(a) às informações importantes e à linguagem utilizada no corpo do e-mail.

Lembre-se que você não estará pedindo um emprego, você estará propondo uma parceria. Isso muda completamente a forma de se relacionar.

DICAR PRÁTICAS PARA CONSEGUIR PARCERIAS VIA E-MAIL
  • Não anexe currículo no e-mail: Como exposto, você não está pedindo emprego, está propondo uma parceria;
  • Coloque os valores das diligências em uma tabela em PDF: Isso transmitirá seriedade e mostrará que o seu serviço é tabelado. Informe se os valores são negociáveis ou não;
  • Forneça suas informações pessoais básicas e informe no corpo do e-mail quais diligências você pode realizar, desta forma o escritório saberá exatamente em quais casos te procurar;
  • Cuidado com a língua portuguesa: Revise seu e-mail antes de enviá-lo e certifique-se de que não há erros de português; e
  • Utilize um e-mail profissional e seja educado(a).

Utilizar o e-mail para oferecer serviços de diligências é uma alternativa estratégica e gratuita, porém, a contratação dependerá de inúmeros fatores.

Antes de optar por esse tipo de alternativa, verifique o valor médio das diligências na sua cidade, crie uma tabela de preços, entenda o que é um correspondente jurídico e, principalmente, estude a legislação para saber em quais serviços você realmente poderá atuar.

CORRESPONDÊNCIA JURÍDICA POR PLATAFORMAS DIGITAIS

Outra alternativa é utilizar sites de correspondência jurídica, cujo objetivo é estabelecer a ponte entre o correspondente e o profissional que necessita da realização de uma diligência.

Se você está em busca de renda extra, já te adianto que muitos destes sites contam com uma assinatura mensal, portanto, você deve avaliar muito bem o custo-benefício.

No entanto, a enorme vantagem de utilizar estes sites é que, na maioria dos casos, há comunicação no Brasil inteiro, atingindo parceiros que você possivelmente não encontraria sozinho(a).

Além disso, as informações, em regra, já serão filtradas de acordo com o seu perfil, de forma que chegarão para você diligências selecionadas.

Vou deixar abaixo uma lista com os sites de correspondência jurídica mais conhecidos:

JurisCorrespondente
Web Diligentes
Diligeiro
Migalhas
Jurídico Certo

Demanda para correspondência jurídica, sem dúvidas, existe!

As vantagens de ser um correspondente vão além da renda extra, afinal, você fará contatos que poderão te abrir muitas portas no futuro, além de auxiliar no seu network e te proporcionar experiência prática jurídica.

2 – VENDER PRODUTOS DIGITAIS JURÍDICOS

Como já exposto, o objetivo deste post é te fornecer dicas realmente úteis e que não fujam do universo jurídico. Essa dica de renda extra, com certeza, não é convencional.

Isso significa que você não vai encontrar um grande número de pessoas te orientando sobre isso. Apesar de muito se falar em marketing digital, o marketing digital jurídico ainda não está em alta no ranking de pesquisas, embora esteja tomando uma proporção maior do que no passado.

LEIA TAMBÉM: 7 ATITUDES QUE UM(A) ADVOGADO(A) NÃO PODE TER NA INTERNET

Na introdução deste post você se deparou com a seguinte informação: O Brasil é o país com mais faculdades de Direito do mundo.

Esse dado, por si só, já demonstra que existirá público para o seu produto. No entanto, eu entendo que a faculdade de Direito exige muito tempo, além disso existem pessoas que trabalham em horário convencional, portanto, não possuem tempo para se dedicar às vendas.

Sabendo disso, a proposta deste tópico é a venda de produtos digitais para os seus conhecidos, ou seja, as pessoas que cursam a mesma universidade que você.

Em média, uma turma possui de 40 a 80 acadêmicos, que em determinado momento terão a necessidade de adquirir um produto digital para auxiliar nos estudos, seja um e-book, um cronograma de estudos, uma planilha, uma ferramenta, etc.

Você deve enxergar a necessidade dos seus colegas e apresentar um produto que solucione o problema deles. Por exemplo: se vocês estão estudando Prática Cível, ofereça um Cursinho sobre o Novo CPC.

Outro exemplo, desta vez mais comum: se sua turma está se preparando para prestar o Exame da Ordem, ofereça um Cronograma de Estudos da OAB.

Se a sua turma possui muitas pessoas estudando para o mesmo concurso, venda um Kit de Mapas Mentais voltados para ele.

São infinitas as possibilidades.

Tenho certeza que em determinado momento do curso você precisou ou ainda vai precisar adquirir algum material online para te auxiliar, portanto, por que não utilizar essa necessidade para fazer uma renda extra?

Lembrando que você deve ter pudor ao escolher o produto: escolha um bem ranqueado no mercado, que muitas pessoas conhecem, que possui feedbacks positivos e que realmente ajuda as pessoas.

Sempre opte por vender apenas aquilo que você também compraria.

COMO ENCONTRAR PRODUTOS DIGITAIS

No geral, um produto digital possui um produtor (autor(a) do produto) e diversos afiliados (quem vende o produto em troca de uma comissão).

Neste caso, você seria um afiliado, recebendo uma porcentagem da venda do produto.

Existem plataformas que fazem essa intermediação por você, como a Hotmart e a Monetizze, nelas você encontra um mercado com diversos produtos aos quais você pode se afiliar.

PRECISO DE SITE OU CRIAR UM INSTAGRAM PARA VENDER?

Não! É claro que suas vendas podem ser mais regulares se você tiver uma plataforma para divulgar o seu produto, mas a ideia aqui é te mostrar a forma mais simples possível de fazer suas vendas.

O jeito mais fácil de divulgar, sem utilizar as redes sociais ou criar um blog, seria através do Whatsapp.

Você pode enviar o seu link de afiliado para eles no privado ou divulgar no grupo da sua turma, por exemplo, o que importa é fornecer o produto certo para o público certo.

Nada impede que você divulgue o produto de outras formas, o marketing será todo determinado por você.

Conheça o E-book “RENDA EXTRA PARA PROFISSIONAIS DO DIREITO” e descubra a maneira prática de colocar as dicas deste artigo em ação!

3 – FREELANCER EM SITES JURÍDICOS

A terceira dica envolve desenvolver conteúdo para sites jurídicos. De forma resumida, é oferecer seu serviço de redator para sites que buscam publicações frequentes.

Os donos dos sites geralmente pagam pessoas para escreverem os posts, dessa forma eles mantém seus sites sempre ativos e com conteúdo novo.

Já te adianto que escrever para um site é completamente diferente de redigir uma petição ou um artigo científico.

Os sites são melhores ranqueados quando possuem um bom SEO – Search Engine Optimization, e várias regras giram em torno disso, como parágrafos menores, inclusão de subtítulos e número mínimo de palavras, por exemplo.

Se você deseja ter uma renda extra como freelancer para sites de conteúdo jurídico, ter conhecimentos sobre SEO pode ser um grande diferencial.

Vale ressaltar, um freelancer não é necessariamente um redator de blog. Você pode oferecer outro serviços como revisar artigos jurídicos, revisar TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, formatar trabalhos nas normas ABNT, entre outros.

Abaixo você encontra uma lista com os principais sites de freelancers, com os mais diferentes serviços:

Lembre-se de verificar o preço médio dos serviços que você está disposto a fazer e de estudar bastante sobre as plataformas antes de se candidatar. No Youtube você encontra muito conteúdo sobre isso.

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